segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vinho e Odres

"Não se deita vinho novo em odres velhos", disse Jesus.
A frase merece reflexão quando se trata de renovar propósitos, redefinir posturas, alterar o panorama cultural positivamente, ou seja, elevando-o e enobrecendo-o .
A cultura sempre foi flor e fruto de uma civilização de espíritos em todos os períodos em que possa ser observada. O Universo é uma morada de espíritos. O que a pode definir como Cultura do Espírito é sua proximidade com as leis que norteiam o desenvolvimento do universo, leis morais ou divinas, imutáveis e existentes, para que a ordem e o equilíbrio possam manter-se na imensidão.
Varia ao extremo na Terra a identidade dos espíritos: seus anseios, seus ideais, seu pretérito, suas conquistas, suas escolhas. Na mescla de valores, pensamentos e sentimentos, desde há muito presente no panorama planetário, é que vamos descobrir, num garimpar cuidadoso e atento, os traços preciosos da Cultura do Espírito cintilando na mais remota antiguidade, despontando no Oriente e no Ocidente, como a manifestação mais nobre dos espíritos que estavam à frente dos companheiros de caminhada. Não possuíam somente a genialidade humana, horizontal, mais apresentando a espiritualidade ativa, mantinham-se unidos a Deus expressando-se na convivência social, fomentando progresso considerável.
Conjugar beleza e moral, técnica e honradez, era e é o grande desafio.
Passaram pelo mundo grandes habilidades de vidas vulgares, perdendo-se nos labirintos estreitos e rasteiros, e relembramos mestres da arte e do conhecimento de retidão indiscutível.
Na arte da fala e do raciocínio, emerge Sócrates e constrange os sofistas, hábeis no discurso mas sem compromisso com a Verdade.
Na arte de amar e do conhecimento, brilha Jesus por fanal inigualável, a confundir supostas sabedorias de uma cultura vazia e insegura, por isso, agressiva.
Juntos, os dois, fazem estremecer os pilares que sustentavam grandiosos impérios, erguidos sobre a areia movediça do "orgulho de raça", esquecidos que a raça a qual pertencemos é a humana ou espiritual, sendo em qualquer recanto da Terra ou quadrante do universo filhos de Deus.
Ambos atingiram parcela significativa da juventude e deixaram discípulos principalmente entre as mentes inconformadas com as paisagens desgastadas do seu tempo.
Agora que o momento reúne espíritos distanciados geograficamente, mas engajados na grande renovação de idéias que se processa, seria bom que atentássemos para "o despejar" desta cultura nova (que herda historicamente as mais sublimes lições) nos "novos seres (odres) que retornam", para isso preparados, por isso clamando.
A juventude guarda semelhança com o fortalecimento do tronco capaz de ajustar-se a trave que o escora e sustenta, e que posteriormente abrindo-se em ramagem extensa, deitará flores e frutos substanciais, dilatando em espiritualidade os painéis da cultura que ilumina a Nova Era.
Evangelização de Espíritos
Núcleo Santos

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