segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Caridade, Arte, Beleza

Todos os homens chegaremos um dia aos braços de Deus. Não há como fugir desta benção que o Pai amado tão misericordiosamente deposita sobre suas criaturas.
Deixou-nos livre a semeadura e determinou-nos apenas a responsabilidade pelo que cultivarmos.
As sombras, as dores, os gritos, são, muitas vezes, prenúncio de novo dia. E muitas vezes um dia de Deus equivale a muito tempo entre nós.
Mas vos asseguro, queridos irmãos, de que a Terra prenuncia sua alvorada.
A miséria, a violência e dor que a assolam nestes tempos, são convites extremos da misericórdia a convocar os seus habitantes ao refazimento do caminho, ao encontro de Deus, pelas mãos do Cordeiro, que sabiamente prenunciou “Ninguém irá ao Pai a não ser através de mim”. Deixava claro que a humildade, o amor, a renúncia e a dor, faziam parte deste caminho.
Todos os dias, amigos, caravanas de mensageiros retornam de vários cantos do globo, em diversas esferas ligadas ao nosso amado planeta, e consigo reúnem o rebanho perdido do Pastor Galileu. Nunca antes houve tamanho resgate a devolver luzes aos olhos de tantos cegos, a mobilidade aos corpos de tantos coxos e paralíticos, a fala a tantos mudos e a percepção do som a tantos surdos. A diferença, agora, queridos, é que estes  “novos milagres”  se operam nas almas e por isso mesmo, nem sempre são percebidos, principalmente pelos que habitam a crosta.
A imagem reproduzida no início deste pequeno discurso, vem se repetindo, se multiplicando, cada vez mais. Os que laboramos na matéria e com os da matéria, em breve poderemos identificar estes sinais de um novo tempo.
A ARTE, refazimento de si mesmo através da Beleza Divina, explodirá em gamas, em luzes e sons de grande intensidade. Perguntam alguns como poderá ser isto. Furtando-lhes detalhes que não poderiam ainda ser compreendidos, posso adiantar que aqueles que trabalharam e trabalham no torno das emoções, acabam por aprender a moldá-las como vaso delicado e, ao aprendê-lo, estendem a outros suas habilidades.
Espetáculos, sinfonias, apresentações, são utilizados assim, como instrumentos cirúrgicos a reparar simultaneamente os corpos etéreos daqueles que ali se encontram, arrebatando do fundo de suas almas, o reconhecimento da Filiação Divina a que têm vínculo e herança.
Não duvidem das habilidades dos emissários de Jesus, e nem menosprezem o poder que possuem os artistas, lembrai-vos da sentença: “Vós sois deuses”. Aprendizes da Criação, os artistas sintonizados com o Mestre Nazareno, arrancam do lodo e da podridão as ovelhas perdidas de Deus e as alavancam rumo a Este, pelo encantamento, pela vibração na alma, pelo arroubo do diapasão em seus corações.
Para este concerto, foram reunidos muitos instrumentistas e técnicos de diversas áreas, e artistas que outrora não souberam utilizar seu talento a serviço do planeta. Uns e outros se somaram para esta missão, alguns da crosta e outros do invisível, de lá e de cá para que o ciclo se feche e o elo se fortaleça. Boa parte dos que deveriam laborar na terra, entre os encarnados, já iniciaram suas atividades ou se preparam para fazê-lo. Poucos ainda aguardam no plano espiritual para reencarnar nos próximos anos. Em poucas décadas já se poderá reconhecê-los entre os que morejam nas lides espíritas, e em outras áreas, para que não falte a ninguém o convite.
O Plano de Deus é muito amplo e superior à nossa compreensão mas, pela Sua imensa piedade, escolheu Jesus a beleza para ser o instrumento de transformação e evolução do planeta que não casualmente fez AZUL e que azul permanecerá, mas acrescido de raro brilho e encantamento.

CARIDADE ATRAVÉS DA ARTE E DA BELEZA.

Será assim a nossa renovação e todos somos responsáveis em tornar realidade a vontade de Deus. E poderia Deus ter vontade mais bela para nós?!


Bento/Denize de Lucena

5 de julho de 2002.

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