segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Técnica e Mensagem na Dança Espírita

Daniela L. Pereira Soares
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A arte não pertence a país algum, veio do Céu.”
                                                                Miguel Ângelo

Antes de iniciar nossa reflexão, é importante conversar sobre alguns termos que serão usados ao longo do texto, evitando assim, alguns equívocos acerca do entendimento dos mesmos. O próprio termo “dança espírita”, para algumas pessoas não soa bem, preferem usar “dança com temática espírita”, outras ainda, preferem usar apenas “dança”.  Diferentes pontos de vista, que se postos em questão, todos teriam sua parcela de razão.  Aqui, será usado o termo “dança espírita”, pois em poucas palavras ele se aplica a uma parcela restrita de pessoas que fazem esse tipo de dança, em determinado local e com uma finalidade específica. Aqui nos referimos a grupos de pessoas que entendemos são espíritas, ou seja, acreditam, vivenciam as idéias e crenças espíritas e fazem um diálogo desses conhecimentos com a dança.   Já quando se fala “dança com temática espírita”, não se torna claro que esteja se referindo a um grupo espírita, pois como existem grupos teatrais que encenam peças, novelas, filmes que abordam temas espíritas sem serem necessariamente espíritas, nada impede que um grupo de dança como o  Grupo Corpo[1] ou o  Ballet Stagium[2] dance uma coreografia voltada a temas espíritas sem necessariamente serem espíritas. Isso também leva a pensar, que quando se fala em “dança espírita” não está se referindo apenas à temática do ballet[3] ou coreografia, mas aos objetivos e as finalidades que orientam o grupo de pessoas que o fazem.
Outro ponto a salientar é em relação ao pensamento de que um dia haverá uma “arte espírita”, como um dia houve a arte pagã e a arte cristã e dentro disto podemos inserir a dança. Neste contexto citamos alguns trechos do livro Arte e Espiritismo organizado por Renato Zanola, onde ele faz transcrições da Revista Espírita (1860), no qual baseamos nossa fala anterior:

“A Pintura, a Escultura, a Arquitetura e a Poesia inspiraram-se sucessivamente nas idéias pagãs e nas cristãs. Podeis dizer se, depois da Arte cristã, haverá um dia, uma Arte espírita? O Espírito respondeu:  - Fazei uma pergunta respondida por si mesma. O verme é verme; torna-se bicho da seda; depois, borboleta. Que há de mais aéreo, de mais gracioso do que uma borboleta? Então! A Arte pagã é o verme; a Arte cristã é  casulo; a Arte espírita será a borboleta”. (Zanola, 1997, p.17)

Quando dizemos que a Arte espírita será um dia uma Arte nova, queremos dizer que as idéias e as crenças espíritas darão às produções do gênio um cunho particular, como ocorreu com as idéias e crenças cristãs e não que os assuntos cristãos caiam em descrédito; longe disto; mas , quando um campo está respigado, o ceifador vai colher alhures, e colherá abundantemente no campo do Espiritismo. E já o fez, sem dúvida, mas não de maneira tão especial quanto o fará mais tarde, quando for encorajado e excitado pelo assentimento geral. Quando estas idéias estiverem popularizadas, o que não pode tardar, pois os cegos da geração atual diariamente desaparecem da cena, por força das coisas, a geração nova terá menos preconceitos... Tempo virá em que elas farão surgir obras magistrais, e a Arte espírita terá os seus Rafael e seus Miguel Ângelo, como a Arte pagã teve os seus Apeles e os seus Fídias.” ( Zanola, 1997, p.25)

           
            Acredita-se que esse movimento de renovação nas artes já está começando e não é propriedade exclusiva dos espíritas. Colocando o foco estritamente na dança, nota-se ela despontando em diferentes linhas religiosas, e independente da crença, do pensamento que os diferentes cultos lhe imprimem  e se refletem na forma de fazer e pensar a dança, já se pode ver alguns pontos comuns entre elas, um deles  chama a atenção – a reforma íntima.
Dança é dança, independente de ser feita numa academia, numa praça ou num centro espírita e, não é propriedade de nenhum grupo étnico, ou religioso, senão da própria humanidade. Apesar dos rótulos que se possa querer utilizar, nenhum deles modifica o que seja dança, independente do estilo, do modo de se fazer ou se teorizar dança, no entanto, às vezes eles se fazem necessários para que se possa delimitar  um grupo com a finalidade de analisar suas práticas.

TÉCNICA NA DANÇA ESPÍRITA

“Eu não danço, eu sou a dança.”
                                                Klauss Vianna

Dentro da história da dança a partir do pensamento de BOURCIER (2001), é na Itália, no Quatrocentos,  que pela primeira vez se pensou na necessidade da técnica em dança. A dança que era uma expressão corporal realizada relativamente livre até então, passa a tomar consciência das possiblidades de expressão estética do corpo humano e da utilidade das regras para explorá-lo.
Mas o que é técnica afinal? Segundo o dicionário virtual Wikipédia:

 Técnica é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objetivo obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra atividade. A palavra se origina do grego techné cuja tradução é arte.”

            Trazendo isso para o universo da dança, conforme DANTAS (1999), a técnica é uma maneira de realizar os movimentos, organizando-os segundo as intenções formativas de quem dança.  Ela está presente tanto nos processos de criação coreográfica quanto nos processos de aprendizagem, passando a ser um modo de informar o corpo e, ao mesmo tempo, de facilitar o manifestar da dança no corpo, ou seja, tornar o corpo que dança ainda mais dançante. A técnica torna o bailarino apto a manifestar-se em determinado código. 
Mas será que a técnica é realmente necessária em um grupo espírita de dança? A técnica não seria dispensável, já que os objetivos dos grupos  não repousam na formação de bailarinos profissionais, nem na realização de exibições virtuosas?
            Pensando a técnica como um fim em si mesma, como um treino mecânico que nos leva a girar, a saltar somente, seria fácil chegar a conclusão que ela não é tão necessária, no entanto, pensando a dança como uma linguagem  e a técnica como uma forma de manifestação dessa linguagem, talvez seria algo a ser pensado.
            Da mesma forma que o músico espírita faz uso das notas musicais, dos acordes, de técnicas específicas para compor suas canções, fazendo uso de um instrumento afinado para se expressar, o bailarino também carece de um repertório de movimentos e de um instrumento (corpo) capacitado para externá-los.

“Como o poeta deve, cada vez mais, conhecer e dominar o seu idioma para ter maior capacidade de expressar as suas idéias sem restrições, o dançarino deve dominar a técnica do movimento para aumentar seu vocabulário corporal e o coreógrafo precisa conhecer os princípios do movimento para enriquecer seu material principal de trabalho – o movimento. Porém, sem deixar que esta classificação se torne inibidora da espontaneidade interpretativa e criativa”. ( Robatto,1994, p.110)

            Quanto maior o aprimoramento do bailarino, mais natural a dança se torna em seu corpo, permitindo que a mensagem que ele queira transmitir através do movimento, flua livremente e atinja mais vivazmente o espectador. Dessa maneira, a técnica não entra como o ponto principal do fazer dança, mas sim como um meio facilitador à expressividade do movimento.
             O conhecimento e aplicação da técnica da dança nos grupos espíritas, além de favorecer uma maior consciência  corporal e do movimento, ampliando suas possibilidades de expressão coreográficas, ajuda na prevenção de possíveis lesões que a prática incorreta pode levar a termo. Oferecerá também base segura  para que o coordenador do grupo ou o responsável pelo treinamento técnico possa realizar seu trabalho de maneira correta e honesta, respeitando o corpo em formação de crianças e adolescentes sob sua responsabilidade.
            Assim como o evangelizador busca apoio no conhecimento científico para entender a educação e, dessa forma ampliar suas ações na seara espírita; nada há de errado em se buscar o conhecimento teórico e prático da dança, desde que, o trabalho no grupo espírita de arte  não se encerre na técnica, mas que alicerçado em Kardec e na vasta literatura espírita, descortine o que está além dela, e se desdobre em auto-conhecimento, melhoria interior, caridade e esperança dentro e fora da casa espírita.


A MENSAGEM ESPÍRITA NA DANÇA

“ O espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites.”
                                                         Léon Denis

            O que caracteriza um grupo como “grupo espírita de dança” não é apenas a mensagem espírita expressa em suas coreografias, pois como se refletiu no início desse artigo,  qualquer grupo profissional ou amador  pode fazer isso, independente de ser espírita ou não.  Todavia, cabe a nós o papel de o fazê-lo, implícita ou explicitamente, pois se nós que somos bailarinos e coreógrafos espíritas não falarmos de temas espíritas em nossas coreografias, quem falará por nós?
            Essa frase, bastante conhecida entre os bailarinos espíritas, me tocou  profundamente num momento crucial dentro do grupo espírita de dança[4] em que eu atuava. Naquele momento a dúvida me assombrava. Nosso grupo sempre se caracterizou pela criação de ballets onde a temática espírita era bem declarada e comecei a me questionar sobre esse nosso posicionamento.  Será que o caminho que estávamos seguindo era correto? Será que precisávamos ser tão diretos?
            Comentando essa questão com uma colega das lides espíritas, ela me disse essa frase, que me marcou pra vida toda.  Essas palavras passaram a me conduzir com segurança dentro da dança espírita.  Esta colega,   nem sabe que é autora dessa frase, nem o quanto ela representou pra mim, nem para os grupos que posteriormente dirigi, mas ela me deu um caminho,  que ajudou traçar a história de vários grupos espíritas de dança.
            Independente do caminho que cada grupo escolha para se guiar, o conteúdo espírita-cristão é compromisso intransferível, seja na vivência diária ou refletido nas coreografias que são criadas.   

“ Sim, certamente, o Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso e ainda inexplorado, e quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações, e o seu nome viverá nos séculos futuros, porque às preocupações materiais e efêmeras da vida presente, substituirá o estudo da vida futura e eterna da alma.” ( Kardec in: Obras Póstumas, 1995, p. 157)



“Os artistas da Terra deverão inspirar-se nesses modelos sobre-humanos que os ensinamentos espírita lhes tornarão familiares.  A Educação estética humana comporta concepções cada vez mais elevadas a fim de que o sentimento do belo penetre e desenvolva-se em todas as almas.  Uma evolução já se produz nesse sentido, e ela se acentuará sob a influência do Além. (Dennis,1994, p.15)

            Vale ressaltar a responsabilidade perante tarefa tão importante e delicada, a de transmitir o conteúdo sem mácula.  A fidelidade quanto a conteúdo doutrinário deverá ser alicerçada no estudo e na vivência do Evangelho do Cristo.  Como asseverou-nos o Espírito de Verdade, no capítulo VI do Evangelho Segundo o Espiritismo:  “Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.”
            Não há como transformar em dança um conteúdo que se desconhece. O estudo da doutrina espírita é parte essencial da criação coreográfica, na dança espírita, sem o qual ela corre o risco de tornar-se vazia e perde seu papel transformador.

“ O Espírito não pode se identificar senão com aquilo que sabe, ou que crê ser uma verdade, essa verdade, mesmo moral, torna-se para ele uma realidade que exprime tanto melhor quanto a sente melhor; e então, se à inteligência ele junta a a flexibilidade do talento, faz passar as suas próprias impressões nas almas dos outros; quais impressões, contudo, pode provocar aquele que não as tem? (Kardec in: Obras Póstumas, 1995, p.153)

            Voltando o olhar para o  processo de criação coreográfica no qual a mensagem torna-se peça central, vemo-la muitas vezes perdida em meio a movimentos mecânicos e desprovidos de significado, muitas vezes, sem que aqueles que o fazem tenham consciência disso. Isso acontece  no âmbito da dança em geral, pela própria formação técnica que o bailarino é submetido, numa perspectiva dualista que insiste em separar corpo e mente, cujas raízes filosóficas remontam a Idade Média.[5]
            ROBATTO (1994) afirma que tradicionalmente o bailarino só é trabalhado no seu aspecto técnico-corporal, ficando geralmente relegada a um segundo plano sua formação técnica  no que se refere a expressividade do movimento e à interpretação coreográfica. Isso acontece porque os exercícios técnicos de condicionamento físico, por vezes, são tão massacrantes que não levam em consideração a expressividade.  Porém, não se pode trabalhar o próprio corpo, depositário de toda uma vivência espiritual, mental, afetiva, sensorial, etc.,considerando-se apenas os objetivos técnicos quantitativos, dirigidos para se tentar alcançar novos records de capacidade física. É preciso saber lidar com a indispensável disciplina técnica, sem bloquear a sensibilidade e a imaginação do bailarino.
            Vale lembrar que o papel do coreógrafo é fundamental no sentido  de transmitir aos bailarinos a intenção do movimento, ou buscar junto com os mesmos através de uma vivência mais significativa, movimentos que expressem melhor o pensamento coreográfico; pensamento este, embasado no estudo e  nas reflexões de todo o grupo envolvido na montagem.
            Toda obra artística é passível de diferentes interpretações, no entanto, é importante tornar clara a mensagem que se queira transmitir. Neste aspecto, a auto-crítica e o olhar de outras pessoas antes da finalização da obra é fundamental para que ela seja repensada e que para que a melhoria seja buscada.  Nada tão desanimador, quanto ouvir ao final de uma apresentação: O que você quis dizer com aquela coreografia?
            A mensagem espírita na dança é compromisso sério que exige, estudo, comprometimento e criatividade do artista espírita.  Que ela esteja presente em nossas coregrafias com a seriedade e o respeito que ela merece, mas que antes disso, ela brilhe em nossos atos e atitudes,  através das coreografias que criamos em nossa vivência diária e que oferecemos ao Pai cotidianamente.
           

REFORMA INTIMA: O ELEMENTO INDISPENSÁVEL


            A mensagem espírita é um dos aspectos que caracteriza um grupo espírita de dança, principalmente aquela que é que vivenciada e transmitida pelo exemplo. Nas coreografias, a técnica conferirá material adequado para que ela se construa, o estudo das obras básicas será o alicerce, mas somente a sintonia com as esferas superiores, através do esforço por melhorar-se é que produzirá a vibração  que arrebatará quem assiste.

“O sentimento é foco gerador de energia emuladora, que, qual dínamo gerador de vibrações superiores, atingirá o coração, o sentimento, estimulando as qualidades superiores dos que estão em seu raio de influência, levando-os a seguir o exemplo, a imitar, não mecanicamente, mas atraído pela força emuladora que emana do próprio coração.” ( Alves, 1997,  p. 155)

            Daí o compromisso maior do fazer dança espírita, acender a luz que nos é própria para que a Luz do Cristo resplandeça em nossas obras.

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Estai em mim, e eu em vós: como a vara de mim mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.” (Bíblia, João, 15:4,5,10)

            Segundo ALVES (2000), a arte não é apenas uma forma de expressão, mas acima de tudo, uma forma de crescimento interior, de desenvolvimento das potências da alma. Quando direcionada aos canais superiores da vida, auxilia o Espírito a vibrar em sintonia mais elevada, afinando seus sentimentos estéticos com vibrações sutis, com o amor que se amplia e se expande ao infinito.
         A reforma íntima se reveste de caráter fundamental num grupo espírita de dança, pois que forças, que luzes, que consolações, que esperanças podemos passar às outras almas se não temos em nós próprios senão obscuridade, dúvida, incerteza e fraqueza ? Será também nosso elemento de ligação com a espiritualidade maior, atraindo a companhia dos bons espíritos, fazendo-nos crescer e dando às nossas criações um caráter que ultrapassa o visível,  o palpável, o sensorial, mas antes de tudo, um misterioso encanto, que atrai e convida a transformação de dentro pra fora.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


            A arte  se reveste de nuances sensíveis e  profundas,  que em sua maioria ainda não conseguimos apreender,  a medida que vamos evoluindo, crescendo espiritualmente, vamos tomando contato gradualmente com a fonte da qual ela emana.
            A arte é tarefa importante na casa espírita e se reveste da mesma importância que as demais atividades. O estudo, o trabalho sério e desejo sincero por querer melhorar-se são a base segura para que o trabalho se desenvolva com  êxito.
            Concluindo as reflexões acerca da técnica e da mensagem na dança espírita, penso que a mensagem espírita é o tesouro que se oferece quando se dança, mas a sua força maior não está no roteiro coreográfico que se prega, nem no virtuosismo técnico adquirido, mas repousa sem dúvida na transformação moral que já se alcançou. 
            Que as criações coreográficas que são feitas nos grupos espíritas de dança se sedimentem não apenas na boa vontade de fazer e servir, mas que busquem apoio no estudo da doutrina, nas técnicas da dança e na vivência do amor e da caridade. Com toda a certeza a mensagem ficará comprometida se houver carência técnica, o mesmo podemos asseverar da falta de conhecimento doutrinário, mas a ausência do ideal superior comprometerá ainda mais, pois será como uma música que toca por um instante e depois desaparece, sem produzir eco algum nos recônditos da alma.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Walter Oliveira. Educação do Espírito: Introdução à Pedagogia Espírita. 1ª ed. Araras/São Paulo: Instituto de Difusão Espírita,1997.

ALVES, Walter Oliveira. Introdução ao Estudo da Pedagogia Espírita: Teoria e Prática. 1ª edição. Araras/São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 2000.

BOUCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

DANTAS, M. Dança: o enigma do movimento. Porto Alegre: Editora UniverCidade/UFRGS, 1999.

DENNIS, Leon. O Espiritismo na arte. 2ª ed. Rio de Janeiro: Publicações Lachâtre, 1994.

KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 3ª ed. Araras/São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1995.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 182ª ed. Araras/São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1978.

KATZ, H. Entre a Heresia e a Superstição. In: São Paulo. SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA, CENTRO CULTURAL SÃO PAUL. Navegar é Preciso: Portugal – Brasil: problemas estruturais e similaridades conceituais na dança de Brasil e Portugal. São Paulo, 1998 p. 7-16

ROBATTO, L. Dança em Processo: a linguagem do indizível. Salvador: Centro Editorial e Didático da UFBA, 1994.

ROCHA, Ruth. Minidicionário. São Paulo: Scipione, 1995.

VIANNA, Klauss. A Dança.2ª ed. São Paulo: Siciliano, 1990.

ZANOLA, Renato. Arte e Espiritismo: Textos de Allan Kardec, André Luiz e Outros Autores. 2ª ed. Rio de Janeiro: Edições CELD, 1997

Ballet Stagium  - artigo disponível em:

Grupo Corpo -  artigo disponível em :

Técnica – artigo disponível em :






[1] Referência à companhia mineira de dança contemporânea de renome internacional, criada em 1975 em Belo Horizonte pelos irmãos Pederneiras.
[2] Referência a Companhia de balé brasileira, criada em 1970, em pleno regime militar, sediada em São Paulo. O Ballet Stagium é coordenado por Marika Gidali e Décio Otero e já conta em sua história com mais de 80 coreografias no decorrer desses mais de 30 anos.

[3] Conjunto de coreografias que versam sobre um tema ou contam uma história usando a dança como linguagem.
[4] Referência ao Grupo Espírita de Dança Evolução, criado em 1995 em Araras/São Paulo e atuante até hoje.
[5] Ao  final da Idade Média, de acordo com KATZ ( 1998), fazia-se necessário acreditar no dualismo corpo-mente, pois só assim seria permitido estudar o corpo anatomicamente, sem ir de encontro às normas religiosas da época.  O corpo passa, então, a ser visto como um objeto de observação e de estudo, separado da alma – pura e intacta aos pecados deste corpo. A possibilidade do homem tornar-se um observador do mundo, separado dele, motor do nascimento da perspectiva linear, gesta a ciência clássica.

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